My Sunshine and My Rain

«you're crazy when you think that i will let you in(...)and you're fool enough to hope that you could ever really know(...)"

quarta-feira, agosto 31, 2005

sort of... goodbye

se não consigo dizer-te o que penso de ti honestamente... acho que já nem faz sentido considerar a nossa relação amizade. já não posso chamar-te amiga. agora és só aquela miúda que tem um namoro feliz e é só isso que te define neste momento. tu própria não te identificas com mais nada.

(estão todos a desaparecer... lentamente. uns já há algum tempo. outros sem que seja novidade. outros bruscamente.)

o teu desaparecimento é dos que mais custam a digerir, acredita. e apesar de não estar totalmente à espera disto, já o previa inconscientemente. tenho essa sensação.
não podemos controlar tudo na nossa vida, mas há obstáculos que se vêm à distância suficiente para conseguirmos ultrapassá-los. facilmente ou não. e quando há dificuldades... só se tem de redobrar a atenção e avançar devagarinho. mas nunca ficar à espera que eles saiam do caminho. há que desviar com antecedência.

quando não há a barreira da distância... manter uma amizade saudável parece-me algo tão fácil que nem precisas esforçar-te. secalhar é mesmo porque não é preciso. mas com a distância, qualquer mudança torna-se novidade para o outro. quando não são partilhadas... acumulam e eventualmente passam da validade. quando finalmente vais ver delas, já não servem para nada.
as tuas mudanças resumem-se a uma pessoa. só ela neste momento tem a chave duma relação saudável contigo. e desconfio que ainda se mantém saudável graças ao aparente bom-senso com que ele vai dando uns palpites...

deste lado a fonte secou... estou cá se precisares. mas dificilmente vais precisar quando só ele te faz sentir "pessoa"...

houve uma altura em que tínhamos orgulho em ti, em que fosses nossa amiga. era tão bom estarmos juntos! nessa altura não tinhas o que tens agora. e agora já perdeste o que tinhas então. espero que a escolha seja sempre a mais vantajosa para ti. já não és infeliz naquele aspecto que te fazia ser alguém que não gostavas... mas será que vais conseguir viver iludida? é que nós já não estamos onde nos deixaste.... já não estamos pacientemente à espera de caber na tua nova vida. acabaste-nos com a paciência. será que não tens noção?


hoje lembrei-me daquela tarde em tua casa... no dia a seguir aos anos do ruben. houve um momento nessa tarde que quase me fez chorar de tão certo que aquilo me estava a parecer. foi quando fomos sentar naquela divisão da tua primeira casa évora. não tinha janelas e era super pequena. :) fizemos o filme... podias transformar o cubículo numa sala de jogo, numa sala de chuto... ou numa sala de sexo! ou tudo junto! lol quando se acabou o filme ficámos todos calados. talvez a pensar na estupidez da conversa... dei com o meu pequeno cérebro ressacado a pensar que aquele momento era perfeito. aquele silêncio era perfeito. e foi. nunca me vou esquecer desses minutos silenciosos.
e se a memória não me falha... foi a ausência de um membro do grupo que quebro o silêncio. alguém disse: pah, falta aqui a poia da daniela! e faltou mesmo.

esse é o último momento feliz que guardo da nossa amizade. depois disso só voltámos a estar juntas nos meus anos. naquela noite que prefiro não me lembrar...

:) um dia hei-de conseguir dizer-te estas coisas... ou talvez não, pelo rumo que isto vai...





1 Comments:

  • At 4:00 da tarde, Blogger Martinha said…

    É dificil quando as pessoas que gostamos desaparecem quase sem darmos conta da nossa vida. Imaginámos como seria a nossa vida sem elas e ficámos tristes e achámos que n iria acontecer. Mas acontece. E quando nos apercebemos já estamos sem elas. É uma dor que nem é bem dor... É uma dormencia eskisita no coraçao. Mas acabamos por entender que a vida continua e que por muito que se afastem tiveram importancia um dia... Adorei o que escreveste. Mesmo muito. beijinho d^dÔ

     

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